Noto que, para a grande maioria das pessoas, ter uma alimentação saudável significa comer “limpo”, ou seja, limitar a ingestão alimentar apenas a alimentos que são “naturais” e mais ricos nutricionalmente.
Alguns alimentos incluídos nessa lista começaram a ganhar mais fama nos últimos anos, como por exemplo, o abacate, os frutos secos (amendoim, nozes, …) e a pasta resultante da sua moagem (manteiga de amendoim, manteiga de amêndoa, …), as sementes (de linhaça, chia, sésamo, …), etc.
Mas será que ter uma alimentação saudável se resume à ingestão desses alimentos (que podemos até nem gostar de alguns deles, mas continuamos a consumi-los só porque está na moda) e a deixar de comer o que realmente nos satisfaz ou que nos traz boas recordações? Será que temos de comer tosta de abacate com ovo ao pequeno-almoço em vez do leite com cereais? Ou deixar de comer a fatia de bolo no aniversário da avó porque tem açúcar?
Penso que não seja necessário atingir esses extremos! E para confirmar isso, basta pensarmos nos princípios em que a Roda dos Alimentos se baseia:
– alimentação completa (incluir alimentos de todos os grupos da roda dos alimentos)
– alimentação variada (variar a escolha dos alimentos dentro de cada grupo)
– alimentação equilibrada (ingerir em maior quantidade os alimentos que pertencem aos grupos de maior dimensão e em menor quantidade aqueles que pertencem aos grupos de menor dimensão)
Quer isto dizer que TODOS os alimentos podem ser incluídos na nossa alimentação. Apenas temos de ter cuidado com as quantidades que ingerimos: se tenho como objetivo perder peso, talvez não seja adequado comer uma tablet de chocolate, mas posso perfeitamente incluir 2 ou 3 quadrados dessa tablet na minha alimentação diária. Também é necessário ter noção do número de vezes com que comemos determinados alimentos: talvez não seja adequado comer pizza e batatas fritas todos os dias, mas não será prejudicial fazê-lo de forma pontual (2x por mês, por exemplo).
Concluindo, uma alimentação saudável resume-se a ingerir maioritariamente alimentos de grande riqueza nutricional (fruta, hortícolas, leguminosas, laticínios, …) nas quantidades certas adequadas a cada pessoa, e consumir de forma mais regrada alimentos com menor riqueza nutricional (fast food, bolachas, bolos, refrigerantes, …).
#nutrircomconsciência
